Doença de Alzheimer

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Você conhece alguém que está com dificuldades de memória? Ou que tem apresentado dificuldade em realizar tarefas do dia a dia?

Situações do dia a dia como esquecer números de telefone, não se lembrar onde guardou as chaves ou perder uma consulta médica previamente marcada podem denotar um esquecimento normal. No entanto, deve-se levar em conta que, especialmente entre os idosos, essas situações que são encaradas com normalidade podem servir de alerta e atenção para a demência.

Um dos tipos de demência, e a mais conhecida delas, é a demência de Alzheimer. Ela acomete inicialmente a parte do cérebro que controla a memória, o raciocínio e a linguagem. A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos, sendo que até 25% dos idosos com mais de 85 anos têm este diagnóstico.  No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de pessoas com Alzheimer, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.

A doença de Alzheimer é caracterizada por três principais sinais: alteração da memória, mudança de comportamento e dificuldade na execução de tarefas rotineiras.

Junto a isso, são conhecidos 10 sinais de alerta que chamam a atenção para inicio de Doença de Alzheimer:

  1. Esquecimento de informações recentes, tornando-se repetitivo e esquecendo datas e compromissos;
  2. Dificuldades no planejamento e resolução de problemas;
  3. Dificuldades em finalizar tarefas domésticas ou no trabalho;
  4. Confusão com o tempo ou com a localização;
  5. Dificuldades em interpretar imagens e relações espaciais;
  6. Dificuldade em encontrar palavras em uma conversa;
  7. Perda de objetos e impossibilidade de encontrá-los;
  8. Piora no julgamento e dificuldade em tomar decisões;
  9. Perda de interesse no trabalho e atividades sociais;
  • Alterações no humor e na personalidade.

As diferenças entre Alzheimer e mudanças normais do envelhecimento são observadas, pois no envelhecimento normal as pessoas conseguem driblar as dificuldades, isto é, encontram o objeto perdido, relembram a palavra esquecida, conseguem absorver novos aprendizados para tarefas que estavam mais complexas.

A demência de Alzheimer é dividida em 3 estágios na sua evolução:

No estágio inicial da demência de Alzheimer, a pessoa pode apresentar dificuldades com linguagem, em nomear objetos ou esquecer palavras; desorientação de tempo e espaço, não se lembrando a data ou do lugar em que está; esquecimento de fatos recentes, que acabaram de acontecer; perda de iniciativa e motivação. As lembranças antigas estão preservadas, podendo se lembrar com detalhes de coisas que aconteceram em sua infância por exemplo.

No estágio Intermediário, com o avançar da doença, surgem dificuldades com as atividades do dia-a-dia, como usar o telefone, ligar e desligar aparelhos eletrônicos; piora do esquecimento; maior dificuldade em administrar a casa ou negócios; podem surgir alterações de comportamento como agitação, agressividade, delírios (acreditar que está sendo roubado, que é traído, que estão falando dele), e alterações do humor como falta de interesse, depressão, ansiedade.

É comum o efeito crepuscular, no qual há uma piora de inquietação e confusão mental no fim da tarde ou ao anoitecer.

No estágio avançado, que pode iniciar entre 5 e 10 anos após o inicio dos sintomas, a dependência se torna mais severa, os distúrbios de memória são mais acentuados e o aspecto físico da doença se torna mais aparente. O portador de Alzheimer pode não reconhecer familiares, amigos e objetos conhecidos, ter dificuldade em entender o que acontece ao seu redor, pode ter dificuldade de locomoção, incontinência urinária e fecal, e até comportamentos inadequados em público.

A doença acontece de forma insidiosa e progressiva, os sintomas não aparecem do dia para a noite. A velocidade de piora é muito variável, algumas pessoas permanecem nos estágios inicias e intermediário por muito mais tempo do que outras.

DICAS

– Estabeleça rotinas, mas mantenha a normalidade

– Incentive a independência

– Evite confrontos

– Torne a casa segura

– Encoraje o exercício e a saúde física

– Ajude a manter as habilidades pessoais

– Mantenha a comunicação

– usar utensílios (pulseira, colar, identificação na roupa) com dados pessoais caso o idoso se perca na rua

É importante realizar o diagnóstico diferencial com outros causadores de dificuldade de memória, como envelhecimento normal, depressão, doenças clínicas como problemas de tireóide ou lesões cerebrais.

O diagnóstico precoce possibilita um tratamento mais efetivo e uma maior permanência nos estágios iniciais da doença.

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